O centralismo lusitano fez-nos crer que quando nos tornamos
independentes foi de Castela (espanhóis), mas tão só dividimos a Gallaecia. Houve
a separação do Conventus Bracarensis, do Conventus Lucensis e Conventus
Asturicensis, no que contaram com o valoroso D. Afonso Henriques que para
conseguir este desígnio, teve que prender sua mãe no castelo de Póvoa de
Lanhoso.
D. Afonso Henriques rumou a sul na valorosa Reconquista,
contra o Muro islâmico invasor. Mudou a capital de Guimarães, berço da
nacionalidade para Coimbra, depois Lisboa.
E assim se foi desenvolvendo o centralismo lusitano.
Convenceram-nos que éramos todos Lusitanos, dos quais nos
orgulhamos, mas aqui somos galaicos-galécicos. Temos a cultura celta dos
galaicos na miscigenação com a romanização da província da Gallaecia feita pelos
romanos.
Mais a sul do Mondego ficava outra região da romanização, a Lusitânia.
O Algarve (AL Garb) manteve mais tempo a colonização dos mouros islâmicos.
Respeitar a etnicidade das Regiões de Portugal Continental
será de elementar Justiça.
Foi uma disputa de cariz religioso, que levou à partição da Gallaecia,
que na Idade Média, tal como ainda nos islâmicos, o poder político e religioso
confundiam-se com supremacia do religioso. Felizmente evoluímos para um Estado
laico, no respeito pelo religioso. “A Deus o que é de Deus, a César o que é de
César”.
“Demos novos Mundos ao Mundo”, disso todos nos orgulhámos, da
nossa Galeguia/Lusofonia, mas perdemo-nos no Longe temos de encontrar o Aqui.
Mas porquê ocultarem-nos a nossa mais ancestral etnicidade?
Não podemos nem queremos mudar a História, mas o respeito de
identidades regionais, que o Povo não reivindica por desinformação de séculos
de centralismo.
Pela implementação da Eurorregião Norte de Portugal/Galiza
já reconhecida pela União Europeia. Galiza já é uma região autónoma à
semelhança dos nossos Açores e Madeira.
É tempo de se lutar pela descolonização interna de Portugal
Continental. A Região é a unidade mais racional de administração face à
pequenez do Município e distante Terreiro do Paço.
Pela verdadeira Unidade no respeito da diversidade, face à
unicidade centralista. Dizemos “nom” “Naçom” entre outros vocábulos. Usamos o “b”
em muitas das palavras que o centralismo lusitano nos diz estarmos errados. Não
estamos errados se não quisermos ser colonizados por outros falares.
Diversidade fónica da Língua, numa mesma significação semântica deve ser
reconhecida.
Pois do nosso falar,
nortenho, galaico-galécico nos devemos orgulhar, não ter complexo da outra
grafia que reproduz e bem o falar do centro/sul da Lusitânia e Algarve.
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